QUEM É VINICIUS TOBIAS
É poeta, agitador cultural e estudante de jornalismo. Membro fundador do Grupo Larvas Poesia, de Lavras – São João del-Rei, que visa trabalhar com exposições, fanzines, publicações, recitais, eventos e divulgação on-line de literatura. O grupo Larvas tem um recital chamado “Não se faz com versos”, já apresentado em diversas cidades, ao lado de Igor Alves, e está produzindo um segundo: “Alicerces”. É Membro Fundador do Programa de extensão 5ª Cultural, da Universidade Federal de São João del-Rei, programa que pensa e promove arte, e deságua no grande festival de cultura democratizada que já está em sua 4ª edição: o Cultura de 5ª. O poeta já publicou, no melhor estilo xerocado, 2 fanzines que compõem a coleção “Intervenção Humana”, uma coleção de poemas sobre os vários desníveis da revolta.
PUBLICAÇÕES
* Raparam a panela e agora estou com fome
* Cada um no seu quadrado – Onde ponho uma maçã no universo?
CONTATO: email: vinitobias00@yahoo.com.br
CONHEÇA O TRABALHO DO ARTISTA
“Primavera de Pragas
No fim do inverno não há flores
Mas as folhas, um pouco fustigadas pelo frio
Estão verdes como pérolas
[se as pérolas fossem verdes
Eu as vezes costumo subir em um lugar alto
E olhar as edificações construídas pelo homem
Luzes de cidades vistas do alto de um lugar alto
Causam uma comoção e melancolia
Os arbustos são invadidos por larvas
Aquelas taturanas verdinhas ou vermelhas
Que agente evita muito encostar
Pois queimam muito, alguns venenos até dão febre...
Outras vezes me vejo em antros de jovens
À procura de sexo e rock’n roll
E uma massa insólita de homens iguais tenta
[carregar as convenções do mundo
Sorte que como querem demais nos pegar
A resistência há de ser fofa, carinhosa e cabeluda
Estamos meticulosamente rasgando a seda
E caído nas graças do prazer à desordem
Daí, se fores aos jardins
Verão seus arbustos que não estão floridos
Repleto de mordidas das malditas larvas
Agente compra veneno e tenta acabar com elas
E por mais que sejamos mais poderosos
Tenhamos armas esmagadoras
Elas são pequenas e numerosas demais para serem exterminadas
Mas é difícil demais avançar
Batalhões de jovens vistosas maquiadas e perfumadas
Saem de casa toda a sexta e sábado à noite
Batalhões de homens com seus braços fortes e carros roncosos
E a madrugada, a virgem santíssima madrugada de todos os dias
É irrompida por um escarcéu de pecado sistemático
O próprio pecado da vida
A cumplicidade
Daí um tempo depois aquelas larvas somem
Elas destruíram em parte as folhas do arbusto
E foram engordando e engordando
Você as procura e não encontra
Quando se dá por si
Aqueles arbustos quase destruídos florescem todos
Cerca de 2 a 3 dias depois as borboletas chegam coloridas e magníficas
Você sacou de onde elas vieram
É a primavera que foi se construindo do asqueroso e da destruição!”
O ARTISTA NA INTERNET
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